Como fazer Quentão Tradicional para deixar o povo alegre e quentinho

O Quentão Tradicional é uma bebida que aquece o coração e a alma, especialmente durante as festividades juninas no Brasil. Com seu sabor rico e complexo, proveniente da harmoniosa mistura de cachaça, especiarias como cravo e canela, e o toque cítrico de frutas, o quentão é mais do que uma simples bebida; é uma experiência sensorial completa. Cada gole é uma celebração de tradição e cultura, evocando memórias de festas passadas e momentos compartilhados ao redor da fogueira.

Além de seu sabor inconfundível, o quentão é conhecido por sua capacidade de trazer conforto nos dias frios, tornando-se um símbolo de hospitalidade e alegria. Sua versatilidade permite adaptações e personalizações, fazendo com que cada receita de quentão carregue um pouco da história de quem o prepara. Neste artigo, exploraremos as raízes dessa bebida tradicional, suas variações e o papel que desempenha nas celebrações brasileiras, mostrando que o quentão é, verdadeiramente, uma delícia para o corpo e para o espírito.

Ingredientes para o Quentão Tradicional

  • 1 xícara e meia (chá) de açúcar
  • 1 xícara e meia (chá) de água (300 ml)
  • Um pedaço de gengibre picado
  • 1 limão em rodelas
  • 3 cravos-da-índia
  • 2 pedaços pequenos de canela
  • 4 xícaras (chá) de pinga (aguardente)

Modo de preparo do Quentão Tradicional

  • Primeiramente, derreta o açúcar em fogo alto até caramelizar e acrescente os demais ingredientes, exceto a pinga;
  • Em seguida, mexa até dissolver o açúcar e, com cuidado, adicione a pinga; Por fim, deixe ferver em fogo baixo por 3 minutos e sirva.

A ORIGEM DO QUENTÃO

Não existe consenso sobre a origem do quentão. Há quem diga que a bebida foi criada no interior de Minas Gerais e São Paulo, quando a população resolveu adicionar especiarias à cachaça para aquecer o corpo durante as festividades comemorativas dos três santos de junho: Santo Antônio, São Pedro e São João. Inclusive, o nome “quentão”, de acordo com Amadeu Amaral, folclorista e autor de “O dialeto caipira”, é de origem caipira.

Outros estudiosos da bebida ligam sua origem ao ciclo da cana-de-açúcar, ainda nos primeiros anos de colonização. O certo é que a produção canavieira e a dificuldade de acesso a outras bebidas destiladas permitiu a criação de uma bebida saborosa e tipicamente brasileira.

A COMBINAÇÃO DE SABORES INTENSOS

Por causa da imigração europeia em meados do século XX, o vinho quente também ficou conhecido como quentão, principalmente na região sul do Brasil. No entanto, o quentão tradicional era feito com cachaça, açúcar e especiarias trazidas da Ásia pelos portugueses no período de colonização: a canela veio do Sri Lanka, o cravo-da-índia veio da Indonésia e o gengibre, da China.

Existem algumas variações da receita de acordo com a região e a época. Algumas pessoas adicionam lascas de laranja e limão para acentuar o aroma, enquanto outros acrescentam frutas picadas, como no vinho quente. Nos dois casos, o sabor da cachaça não é prejudicado.

A MATÉRIA-PRIMA DE QUALIDADE

Com ou sem invencionices, o fato é que a cachaça é a grande protagonista do quentão, por isso, nem pense em preparar a bebida utilizando um produto de baixa qualidade. O ideal é a utilização de uma cachaça de boa procedência, preferencialmente de alambique, e a mais envelhecida possível. Lembrando que, mesmo no caso do uso de uma boa cachaça, é melhor não exagerar no consumo do quentão, não apenas pelo álcool, mas por causa das calorias acrescidas: um copo de 60ml da bebida pode chegar a 120 calorias.

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